O circuito do Vale Europeu é o primeiro circuito voltado aos cicloturistas e caminhantes, que integra 9 municípios da Região. Originalmente os 300km foram divididos em 7 dias , fazendo com que os 6 pernoites fossem feitas cada dia em uma cidade diferente. Com o passar dos anos, novas formas começaram a ser praticadas, tanto por operadoras quanto por ciclistas que fazem de forma autônoma, apesar de ter placas e uma boa sinalização, ao meu ver é fundamental ser feito com uma operadora/guia, pois existem algumas “pegadinhas” no trajeto além disso com um guia/operadora o ciclista conhecerá a história, cultura e as curiosidades da região.
Podemos destacar chegando em Pomerode a Rota Enxaimel, em específico a Casa Siewert, onde a família recebe os turistas de forma simpática, lá os turistas podem conhecer um pouco da história dos primeiros moradores da região, além de degustar cervejas, embutidos, doces em conserva, chocolates... Enfim uma parada imperdível .
Um dos pontos altos do circuito tem início em Rodeio, de lá se começa uma subida, que por sinal é a maior em extensão do circuito, cerca de 8km, mas no meio dessa subida, contemplamos um lugar único o Caminho dos Anjos - Picol Paradis, construído pelo Sr. Paulo Notari e sua família, consiste em um caminho com 63 anjos de 2mts de altura, e cada um diferente do outro, hortênsias estão presentes pelo trajeto e no fim do caminho um Cristo de braços abertos saúda e protege a todos que por ali passam e residem. Outro atrativo que podemos destacar é a Tirolesa K2 Mil, a maior tirolesa da América Latina, sua extensão é de 2000 mts.
A parte Alta é na minha opinião a mais bela e exuberante do circuito, cada curva e pequena elevação é um mirante para admirar, fotografar e gravar no coração. Dr. Pedrinho – Altos Cedros – Palmeiras são responsáveis por esse cinturão que apaixona os cicloturistas. As duas represas, tanto a de Altos Cedros como a de Alto Palmeiras além da função de abastecer e gerar energia da região ajudam a compor esse cenário. Na região existem várias pousadas de todos os tipos, destaco duas em especial, o Paraíso das Ilhas, com instalações grandes e confortáveis, um belo café colonial e atrações dentro da propriedade, outro local que vale a muito a pena conhecer é a Pousada Família Duwe , o tratamento e carinho que a família dispensa aos clientes que algo muito ímpar, um local em que você se sente acolhido em casa, além do que você pode ter acesso a pousada cruzando o lago no barco dos Duwe. Outro local imperdível na região é o Bar da Dona Bia, aquela cerveja gelada, camarão e tilápia empanados, o rollmops uma típica iguaria em conserva da região, a claro de sobremesa uma moreninha !!
Chegando ao fim do circuito temos a maior e emocionante descida, a do Rio Milânes, uma descida onde os ciclistas tem de estar atentos pois é bem movimentada por moradores da região. Após andar mais alguns km, se chega a maior e mais difícil subida de todo o circuito a do Rio Cunha, uma subida bem íngreme, onde até bicicletas assistidas podem ter dificuldades. Passado o Cunha, o circuito chega ao fim, Timbó cada vez mais próxima , a chegada atualmente é feita sem cruzar a ponte do Jardim do Imigrante, pois a antiga Thapyoka está em reforma e a placa do fim está antes da ponte, mas contando os dias para ser restabelecida a chegada tradicional, cruzando a ponte.
Não deixem de conhecer esse circuito, como dito antes além de especial é um dos mais belos do cicloturismo brasileiro, e claro quando vierem entrem em contato para registrarmos essa linda aventura.
